terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Quimera

Hoje compro quimeras compulsivamente. Como aquelas consumistas que têm trezentos pares de sapato e apenas dois pés. Depois, esqueço o sonho no canto, como quem joga um presente e espera usá-lo na melhor ocasião. Nenhuma ocasião parece ser digna, então o presente acaba por não ser usado...
O melhor momento, a melhor oportunidade. Essas coisas parecem ser difíceis de se identificar. Cadê aquela janelinha que deveria se abrir quando uma porta se fecha? Sabe o que é... porque é mais fácil saber o que não se quer a saber o que realmente se quer.
Somos tão jovens e até parece que dá tempo pra ser tudo.
Não, a vida nos pede uma coisa bem mais específica: O que você quer ser?
Respondida a pergunta, a próxima já não é tão difícil : Como fazer para ser?
Respondida essa pergunta, sugirão tantas outras perguntas que acredito que não há momento na vida que não necessite de uma incógnita. As interrogações são o movimento: retilínio, circular, constante, acelerado...


Sonhos... alguém me vende um?

Operação de mudança

- Mãe, eu tiro a pinta ou não?
- Minha filha, você sabe que é uma operação complicada, você pode perder um pouco da sensibilidade, do seu prazer...
- Mãe, eu tô falando dessa pintinha que eu tenho no canto da boca... ¬¬'