domingo, 24 de janeiro de 2010

Sina

Primeiro
Simétrico
Complexo
Melhor
Insubstituível
Surpreendente
E, infelizmente
Inesquecível...
A cada
Próxima vez
A esperança
Da amnésia
E na maioria
Das vezes
A decepção

Mais uma vez
O gosto
(Esse desgraçado)
Reaparece
Provando-me
Que o tempo
Passa, passa
Mas
Lembro e relembro
Articulo
E o jeito?
Ainda
Está aqui

Dormindo
Parece esperar
Mais uma
Próxima vez
Que já foi
Freqüente
E agora?
Não existe
Não mais
Não pode existir
Não quero que exista.



Tamyle Dias

sábado, 16 de janeiro de 2010

Desculpa!

Tenho fugido muito: das pessoas, de confusão, do meu passado, do meu blog...sabe aquela idéia de fugir do mundo pra querer se encontrar? É, será que funciona? Não custa nada tentar! Durante essa minha introspecção escrevi muita coisa, que saco! não dava mais que três ou cinco linhas... Sabe o que é? É essa ausência de linhas, de respostas e ,quem sabe até, de perguntas. Mais uma vez, aqui estou eu... não escrevendo mais que cinco linhas!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

O que eu também não entendo (mas queria entender)

Essa não é mais uma carta de amor
São pensamentos soltos
Traduzidos em palavras
Prá que você possa entender
O que eu também não entendo...

Amar não é ter que ter
Sempre certeza
É aceitar que ninguém
É perfeito prá ninguém
É poder ser você mesmo
E não precisar fingir
É tentar esquecer
E não conseguir fugir, fugir...

Já pensei em te largar
Já olhei tantas vezes pro lado
Mas quando penso em alguém
É por você que fecho os olhos
Sei que nunca fui perfeito
Mas com você eu posso ser
Até eu mesmo
Que você vai entender...

Posso brincar de descobrir

Desenho em nuvens
Posso contar meus pesadelos
E até minhas coisas fúteis
Posso tirar a tua roupa
Posso fazer o que eu quiser
Posso perder o juízo
Mas com você
Eu tô tranquilo, tranquilo...

Agora o que vamos fazer
Eu também não sei
Afinal, será que amar
É mesmo tudo?
Se isso não é amor
O que mais pode ser?
Tô aprendendo também...


(jota quest)

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Sapato Velho

Você lembra, lembra? Eu costumava rir por tudo. Deliciava-me em sentir a fresca após o almoço. Quantas horas ainda teria de aguentar? 3 horas? 6horas? Não pensava nisso não! Podia ser árduo o trabalho, mas haveria sempre alguém para me fazer rir da maior tolice do mundo. A dança mais louca, a risada mais estridente, tudo isso era tão normal. Hoje colecciono cantigas, segredos e lembranças. Pude ver o amor nascer, gradativamente. Pude ver o bem-querer mais espontâneo e gratuito...pessoas se gostando sem maldade ou competição! Sei que não sou mais veloz como os heróis...mas comigo tenho mil sonhos e por eles roubo manhãs e luas...
É, meu sapato ficou velho de tanto rodar por estas esquinas, que tanto me cansaram, mas que trarão saudade!

(Tamyle Di Ferraz)

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Bem no fundo

No fundo, no fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto

a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela — silêncio perpétuo

extinto por lei todo o remorso,
maldito seja que olhas pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais

mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos saem todos a passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas

(Paulo Lemisnk)