Uma música conhecida pela sua beleza na composição, sem tirar também o mérito de seus cantores que a entoa tão bem, é Meu Eu em Você, de Victor e Leo.
Em certo trecho da música ele canta: “Sou teu tudo, sou teu nada.”
Muitos podem pensar “Que tolice essa contradição”, talvez o ‘nada’ só esteja ali para rimar com ‘amada’ no verso seguinte. Porém, talvez, poucos tenham entendido a plenitude de tal afirmação. Rapidamente, fui tragada ao momento em que ouvi o mito grego sobre o nascimento do amor, mito esse que tentarei reproduzir:
Após o nascimento de Afrodite, os Deuses do Olimpo se reuniram para um banquete. Nele também estava Poros [Riqueza], filho da Sabedoria. Pênia, a Pobreza, apareceu no fim da festa para mendigar os restos do banquete. Poros se embriagara e dirigiu-se ao jardim de Zeus, Pênia o seguiu, aproveitou-se da oportunidade, deitou-se com ele, e juntos conceberam o Amor.
O Amor seria então filho daquela que dá tudo de si, para alguém que tem tudo e não quer nada...
“Condenado a uma perpétua indigência, está longe do requinte e da beleza que a maior parte das pessoas nele imaginam... Rude, miserável, descalço e sem morada, estirado sempre por terra e sem nada que o cubra, é assim que dorme, ao relento, nos vãos das portas e dos caminhos: a natureza que herdou de sua mãe fez dele um inseparável companheiro da indigência. Do lado do pai, porém, o mesmo espírito ardiloso em procura do que é belo e bom, a mesma coragem, persistência e ousadia que fazem dele um caçador temível.” ¹
¹ Platão. O Banquete. Maria Teresa Nogueira Schiappa de Azevedo. Lisboa: Edições 70, 2001, pp. 71-2)
Poxa, que lindo! Sou louca por mitologia. Não sei porque, mas essas histórias me fascinam! Não conhecia essa história, mas é muito linda. Particularmente, a história que eu mais gosto é a de Psiqué, li um livro sobre esta, o nome é Viagem ao reino das sombras. Gostei muito, espero que você possa dar uma olhada, caso não conheça! #fikdik
ResponderExcluirBeijos, amo seu blog ♥
Querida amiga.
ResponderExcluirPassei para agradecer as generosas
palavras nestes dias tão cinzas.
São as amizades que nos trazem de
volta a alegria.
Minha eterna gratidão.
Alguns falam que os opostos se atraem, outros que é preciso ter um amor onde existam afinidades... Talvez um misto das duas coisas...
ResponderExcluirIndependente de o amor ser homogêneo ou heterogêneo, é importante que ele exista... Que ele nasça, como você tão bem explanou...
Amemos pois e passemos a permitir ser amados...