terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Interior

Depois de seis longos anos retornei ao meu refúgio interiorano.
Fui à pracinha da cidade onde, antigamente, deliciava-me tomando sorvete
enquanto via as crianças andarem de bicicleta.
Hoje, fecharam-se todas as sorveterias
e no lugar delas abriram-se bares.
Oito horas da noite e nenhuma criança na rua.
Dezenas de adultos se ludibriando com falsos gozos da vida.
Enquanto isso, as crianças sonham
sem ter ouvido contos de fada antes de dormir.

4 comentários:

  1. E depois dizem que o mundo está evoluindo... rs

    Deixarei um selinho para vc em meu blog daqui a pouco!

    Beijo!

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  2. Olá Tamyle, desejo que tudo esteja e continue bem contigo!
    Esta é uma frustração que me custa entender, Nó saímos em busca de mais conhecimento, e muitas vezes pra voltar e aplicar onde crescemos. Voltamos da grande cidade mais tarde pensando que nosso pequeno lugar jamais será afetado. Ou pelo progresso que cedo ou tarde vai chegar, ou mesmo pelo turismo desmedido. Sim, pois, algumas pessoas não se contentam somente em visitar, querem deixar profundos rastros por onde passaram!
    É triste, pois as gerações que vierem jamais sentirão o prazer de tomar sorvete sentado no banco da praça e somente poderão apreciar através narrações de outros, ou mesmo sentir o calor da amizade em um bate papo no fim de tarde!
    Belíssimo texto. Desculpe a invasão, se incômoda deposite na lixeira, tem todo direito, mas saiba que gosto de seus escritos, têm muita sensibilidade nas palavras expressando sentimentos!
    Desejo a você e todos ao redor iluminada e feliz existência sempre, grande abraço e até mais!

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  3. É engraçado como os lugares da infância ficam menores quando a gente fica mais velho...às vezes até temos a impressão de que crescemos...

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  4. No seu caso Hilário, é só impressão mesmo.










    brincadeirinha ^^

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E então???