sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Café

Os dois abraçaram- se apertado, com vontade de não mais soltar. Os lábios balbuciavam um beijo, que nenhum dos dois tivera coragem de roubar. Fitaram-se, prometeram por milhões de vezes se reencontrarem. Se houvesse segurança na promessa que faziam, não havia necessidade de repeti-la milhões de vezes... Ela passou pela porta, quis voltar, mas seguiu em olhar para trás.
No dia seguinte, ela olhava para o mesmo local da despedida, tentando sentir a mesma sensação. Sentiu apenas um vazio, percebeu que foi a última vez.
Não quis chorar, era cedo demais. Fez um café bem forte e esvaziou a xícara como quem o esvaziava da memória.

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