quarta-feira, 31 de março de 2010

Madrugada II

Um silêncio tenebroso é quebrado pela minha chave, que balanço insistentemente procurando um ritmo para essa noite pacata. Algumas vozes esporádicas do lado de fora e eu tentando dar voz aos meus pensamentos.
Meia dúzia de palavras com um tempero de eloqüência e o mundo até parecia que estava ao meu alcance. Aprendi com aqueles que desacreditavam em mim. O sininho preso ao galho da minha árvore não balança. Noite sem vento, sem voz, sem vez, e ao invés de eu estar deitada, estou aqui, procurando um pote de ouro que me lembro ter guardado outrora e se perdeu. Tenho de vender algo que não possuo, por isso procuro.
Porque prefiro um caminho desditado ser meu a ser seu. Prefiro chorar as tuas lágrimas.
Deitada no chão, pareço até parte dele. É onde me recolho a minha insignificância. É onde aprendo que meia dúzia de palavras bonitas não são nada sem uma verdadeira essência. É onde descubro que não sabia o que era bondade antes de te conhecer.

4 comentários:

  1. e então é?? E então que está maravilhoso, adoro os seus textos.. Tenho orgulho de você, e mais ainda de supostamente ter sido a fonte inspiradora para que você começasse a escrever!

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  2. Gostei pessoalmente desse texto. Sem um que ou porquê...
    Acho que o feriado deve fazer isso com as pessoas, altera percepções, afina os sentidos...



    Ps- É tão bonito ver a paixão das pessoas...

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  3. Hum...
    Efeito borboleta é rastejar por semanas na fase larval e voar por 24 horas quando borboleta?
    Nesse eu acredito!

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E então???