quinta-feira, 29 de abril de 2010

Canis Familiares

Há oito anos ele veio a minha porta: olhar pidão, frágil, inocente, apaixonante. Perguntei do que se tratava, mas a única frase que me disseram foi: “Ele será seu!”. Aquela frase perdurou em meus ouvidos. Mas como, meu? Via-me com um misto de realização e dúvida. Apenas aceitei-o em meus braços para chamá-lo de filho.
Simba é seu nome. Dos clássicos da Disney, herdeiro do Rei das Selvas. Jamais imaginei que uma bolinha de pêlos com menos de três palmos de tamanho preencheria uma casa inteira de alegria. Ele já nos rendeu milhares de histórias e eu não podia imaginar as peripércias que um cachorrinho poderia render. Simba segue fielmente os primeiros mandamentos do preguiçoso:
* Durma para viver e viva para descansar.
* Se você ver alguém descansando, ajude-o.
É ver versão canina do Garfield. Atualmente ele anda maio sentimental: se alguém sair de casa sem avisar para onde vai e se chateia e provavelmente aprontará alguma para quem não lhe deu satisfação. É vigia que dorme em serviço, não nos livra de qualquer ladrão que nos possa invadir – basta que este lhe jogue uma bolinha. Dentre alegrias e dissabores, esse é Simba, vulgo “Sá mamãe”, o meu fiel (nem tanto) amigo canino.

2 comentários:

  1. Eu não quero deixar um clima constrangedor,porém, você esqueceu de citar a homossexualidade do seu cachorro. Poxa Tamyle, fazer uma homenagem dessa e esquecer a principal característica do homenageado? Ah,valeu não...
    Mas, tá muito bonitinho o seu texto. Amei!

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  2. coisas quase feita para o corção, sentimentais somos quase todos nós

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E então???